São Francisco de Assis ou Giovanni de Pietro Bernardone, nasceu na cidade de Assis, na Itália, no dia 5 de Julho de 1182. Filho de um rico comerciante recebeu educação voltado para os negócios. Seus pais foram: Pedro Bernardone e Dona Pica. No Batismo recebeu o nome de João, quando seu pai andava em viagens de negócios em terras francesas e, por sua admiração pela França, em seu regresso trocou o nome por “Francisco”. Com 16 anos participou da lutar contra a nobreza feudal, foi aprisionado na cidade de Perúgia, onde ficou um ano no cárcere.
Em 1203, de volta à cidade natal, Francisco entrega-se a uma vida de festas. Em 1206, orando na capela de São Damião, ouviu um chamado de cristo que dizia: “Vá Francisco e restaura a minha casa”. Desde então entrega-se ao serviço de Deus e dos mais necessitados. Em 1208 faz votos de pobreza e começa à pregar sua doutrina.
Acompanhado dos primeiros discípulos pede autorização ao papa para fundar uma irmandade. Em 1204 funda a ordem dos “Irmãos Mendigos de Assis” e se instala em cabanas nas montanhas, decidido a cumprir fielmente as sagradas escrituras, renunciando qualquer forma de propriedade, recusando mesmo ter uma igreja, vivendo das doações que recebe.
Em 1215, o concilio de Latrão reconhece a “Ordem dos Franciscanos”, que já reúne inúmeros discípulos vindo de toda a península italiana. Inicia uma grande peregrinação até o oriente, para “converter os infiéis”. Na volta, em 1221, o papa Honório lll impõe uma “regra” mais branda para a ordem.
Em 1224, decepcionado, Francisco deixa a direção da Ordem e junto com três discípulos, opta pela vida na floresta, em contato com os animais. Doente e debilitado, é conduzido a Assis, onde quer morrer. Durante a viagem, os fiéis correm ao encontro do “santo”.
São Francisco de Assis morre em Assis, Itália, no dia 3 de outubro de 1226. Dois anos depois de sua morte, é canonizado pelo papa Gregório lX.
FRASES:
O “escândalo” da jovem aristocrata e rica que trocou a riqueza e aristocracia pela humildade e pobreza franciscana, seguindo Jesus!
Breve história
Santa Clara nasceu em 1193, de família aristocrática e rica, mas trocou essa riqueza e aristocracia pela humildade e pobreza do estilo de vida proposto e testemunhado por São Francisco de Assis.A família de Clara já planejava o casamento dela, por conveniência econômica e social, quando a jovem, aos 18 anos, surpreendeu a todos com um gesto extremamente ousado: inspirada pelo profundo desejo de seguir a Cristo e pela intensa admiração que São Francisco lhe despertava, Clara deixou a casa paterna e, se juntou secretamente aos frades menores na igrejinha conhecida como a Porciúncula. Era a noite do Domingo de Ramos de 1211.Depois disso, ela segue para o mosteiro das Beneditinas de Sant’AngelodiPonzo onde tempos depois recebe sua irmã mais nova, Catarina, que também quer seguir a vida monástica junto da irmã. E ali, ela passa a ser chamada de Santa Inês.
O pai das duas, revoltado, envia um tio chamado Monaldo para resgatar a filha viva ou morta. Monaldo consegue alcançar Santa Inês, que sofre agressões e é arrastada pelo tio montanha abaixo. Nesse momento, ela chama pela irmã Clara, que começa a rezar impiedosamente pela irmã e um milagre se instaura: Santa Inês fica tão pesada que torna impossível o ato de arrastá-la no chão e mesmo assim, Monaldo não se dá por vencido e tenta agredi-la com um golpe, mas imediatamente sente a mão se contrair. Sem saber mais como agir, ele desiste de levar Santa Inês e foge.
Em 1198, ocorreu uma invasão mulçumana à Assis e em meio a muita pobreza e necessidade aconteceu um fato que consagrou Santa Clara para sempre na história. Os mulçumanos tentaram invadir o convento e Santa Clara, mesmo acamada e doente, fez questão de ir até o portão de entrada. Ali, em lágrimas, ela conseguiu pegar o ostensório com o Santíssimo Sacramento e proferir as seguintes palavras:
“Senhor, guardai Vós estas vossas servas, porque eu não as posso guardar”.
Ouviu-se então uma voz de maravilhosa suavidade dizendo:
“Eu te defenderei para sempre”.
Imediatamente os muçulmanos são tomadas por um medo descomunal e fogem, deixando o convento intacto e a salvo.
Padroeira da Comunicação da Televisão
Santa Clara faleceu no dia 11 de Agosto de 1253 e 1 ano antes, vivenciou um episódio que a consagraria mais tarde como a padroeira da comunicação e da televisão. Já muito doente e sem condições de se locomover, Santa Clara insiste em ir à uma missa na Igreja de São Francisco de Assis. Sabendo da impossibilidade, caiu em oração e teve o seu desejo atendido.
A missa começou a ser “transmitida” em seu quarto, no convento, como se fosse uma projeção. O fato foi realmente confirmado quando Santa Clara relatou em detalhes partes da missa e do sermão que posteriormente foi confirmada pelos presentes na missa.
Tal fato então veio a consagrá-la com esse título, que foi oficializado pelo Papa Pio XII em 1958.
Nessa ocasião, enquanto os frades seguravam tochas acesas, Francisco cortou os cabelos de Clara e lhe deu um rude hábito penitencial. Ela se tornou assim a virgem noiva de Cristo, humilde e pobre, e a Ele se consagrou totalmente, resistindo com decisão à severa oposição da família.
A própria Clara fala assim de Jesus a toda mulher que se devota por completo a Ele:
“Amando-o, sereis casta; tocando-o, sereis mais pura; deixando-vos possuir por Ele, sereis virgem. O Seu poder é mais forte, a Sua generosidade mais elevada, o Seu aspecto mais belo, o Seu amor mais suave e toda a graça mais fina. Agora estais apertada pelo abraço dele” (Primeira carta).
A síntese da sua proposta de santidade é recolhida na quarta carta a Santa Inês de Praga. Santa Clara usa uma imagem muito difundida na Idade Média, de influência patrística: o espelho. E convida a amiga a se refletir naquele espelho de perfeição de toda a virtude, que é o próprio Senhor:
“Feliz aquele a quem é dado degustar esta sagrada união, para aderir com as profundezas do coração [a Cristo], aquele cuja beleza admiram incessantemente todas as abençoadas hostes do céu, cujo afeto apaixona, cuja contemplação restaura, cuja bondade sacia, cuja suavidade preenche, cuja memória resplandece suavemente, a cujo aroma os mortos voltam à vida e cuja visão gloriosa tornará abençoados todos os cidadãos da Jerusalém celeste. E porque Ele é o esplendor da glória, candor da luz eterna e espelho sem mancha, olha todo dia para este espelho, ó rainha esposa de Jesus Cristo, e nele escruta continuamente o teu rosto, para que possas assim adornar-te toda no interior e no exterior (…) Nesse espelho refulgem a abençoada pobreza, a santa humildade e a inefável caridade” (Quarta Carta).
Apenas dois anos após a sua morte, em 1255, o Papa Alexandre IV a elevou aos altares traçando o seguinte elogio na bula de canonização:
“Quão vivo é o poder desta luz e quão forte é o brilho desta fonte luminosa. Na verdade, essa luz tinha-se enclausurado no escondimento da vida monástica e irradiava luzes cintilantes; recolhia-se em um mosteiro estreito, e expandia-se ao longo da vastidão do mundo. Mantinha-se dentro e difundia-se fora. Clara, de fato, escondia-se; mas a sua vida foi revelada a todos. Clara ficou em silêncio, mas sua fama gritava”.Dia 11 de Agosto foi dia de relembrar e celebrar a vida e obra de Santa Clara de Assis, ou simplesmente Santa Clara. O “Assis” que acompanha o seu nome, como muitos devem imaginar vem de São Francisco de Assis. Assim como ele, Santa Clara marcou uma época e trouxe para a Igreja Católica mais uma linda história de amor, devoção e fé.
Oração à Santa Clara
Ó querida Santa Clara, que respondeste generosamente ao chamado do Senhor, entregando-te a uma vida de humildade e pobreza, ajuda-me, pela tua intercessão, a descobrir qual é o plano de Deus para a minha existência, alcança-me a coragem de dizer um sim generoso como o teu, como o de Maria, e a fidelidade em concretizá-lo todos os dias até o fim. Amém!
(Sites https://www.nossasagradafamilia.com.br/conteudo/historia-de-santa-clara.html e https://pt.aleteia.org/2017/08/11/santa-clara-de-assis-uma-historia-que-fascinara-em-todos-os-tempos/)