O Centro Educacional Bom Pastor, a mais recente Obre Educacional da Congregação, foi inaugurado em 25 de fevereiro de 2015. Está localizado na Rua do engenho, 834 – Bairro São Francisco, na cidade de Óbidos/PA. Iniciou com atendimento a 48 crianças nas séries PRE I e PRE II. Em 2016 a obra foi concluída e o CEBP passou a atender 110 crianças de 03 a 05 anos.
Atualmente a Fraternidade é composta de 04 Irmãs da Congregação na Missão Pastoral e Educacional na Diocese de Óbidos, coordenada pela Irmã Ivaldete Rodrigues, que é a Diretora do Centro Educacional.
Elas desenvolvem um trabalho muito significativo, contando com uma excelente equipe de colaboradoras no desenvolvimento do Projeto Pedagógico e Serviços Gerais.
“No CEBP, Jesus trouxe as sementes do Reino e elas se espalham pelas famílias, através das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral e de seus colaboradores.”
Segundo nosso memorial, descobrimos que o Colégio São Francisco de Assis teve suas raízes lançadas desde março de 1926, com o nome de Escola Paroquial Nossa Senhora do Bom Parto e atendia crianças no antigo curso primário fundamental, sendo de propriedade da paróquia local, e dirigido pelas Irmãs Vicentinas.
A Escola Paroquial Nossa Senhora do Bom Parto funcionava num prédio da Paróquia, casarão antigo localizado à Rua Euclides Pacheco, 463, onde foi erguida uma nova construção para funcionar o Hospital e Maternidade Nossa Senhora do Bom Parto, ficando o prédio vazio por longos anos. Em 1938 a missão de continuar a obra educacional foi entregue às Irmãs da Terceira Ordem Seráfica de São Francisco, hoje conhecidas como Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral, o que continua até hoje; as irmãs, aliadas a parcerias com leigos e leigas, profissionais da educação, vêm mostrando eficiência e dedicação a esse trabalho tão edificante.
Naquela época, as irmãs assumiram a escola contando com a colaboração no trabalho educacional da senhora Carmelita e duas professoras contratadas pelo padre Bernardo Plar, pároco da Igreja local, além de continuarem com mais uma professora que lecionava na escola desde que a mesma era dirigida pelas Irmãs Vicentinas. O grupo de pioneiras era composto pelos seguintes membros: Irmã Isabel Grässmann (primeira diretora), Irmã Maria Bernarda Keil, Irmã Maria Luiza e Irmã Maria Josefina.
Segundo relatos preciosos, quando as Irmãs Franciscanas chegaram ao bairro do Tatuapé, tudo era muito diferente do que é hoje. Constituído de chácaras e sítios, moravam aqui proprietários e arrendatários. Sem meio de transporte eficiente, o Tatuapé ficava muito longe do centro da cidade de São Paulo.
O ponto mais conhecido, utilizado como referência, era o cemitério da 4ª Parada. Havia muita pobreza na região e os alunos, filhos de arrendatários, pagavam apenas uma taxa simbólica e todo material escolar era oferecido pela escola, cujo prédio passou a pertencer à Congregação em 1946, adquirida por meio de doações e esmolas.
Em abril de 1947, a Escola Paroquial Nossa Senhora do Bom Parto passou a denominar-se Educandário São Francisco de Assis e, em março de 1954, perante várias autoridades e numerosa assistência, procedeu-se a bênção da pedra fundamental do novo edifício, destinado ao funcionamento dos cursos de pré-primário, primário e ginásio.
Em março de 1962, o Educandário São Francisco passou a funcionar também na Rua Euclides Pacheco, 478. Com a implantação do curso ginasial em 1966, o Educandário passou a chamar-se Ginásio São Francisco de Assis. Em fevereiro de 1972, foi autorizado o funcionamento do curso do segundo grau e a instituição passou a denominar-se Colégio São Francisco de Assis, nome que mantém até hoje.
Muitos foram os colaboradores, irmãs e leigos, que devem ser lembrados para sempre como benfeitores queridos… Aqui não citaremos nomes, por receio de esquecimento, mas com certeza, todos sabem de sua importância.
Educar e fazer história, por meio de um ensino de qualidade, com profissionais devidamente qualificados transformando as crianças e os jovens, confiados à instituição, em cidadãos conhecedores de seus direitos e plenamente responsáveis por seus deveres.
Ser referencial em qualidade de ensino, escrevendo, há 82 anos, uma história de sucesso no desenvolvimento global de crianças e adolescentes, num ambiente focado pela vivência de valores que priorizam uma cultura de paz e bem, obtendo o reconhecimento de seus clientes, internos e externos, por sua atuação.
Ano de 1921. “Campininha das Flores”, hoje um bairro da Capital de Goiás, era uma cidadezinha isolada, de um Estado Brasileiro até então inexpressivo no cenário nacional. A pequena cidade circundava a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a conhecida “Matriz de Campinas”, agraciada em 2000 com o título de Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
No cenário pacato de Campinas, espera-se um acontecimento novo: a chegada de Irmãs Franciscanas que, vindas da Alemanha a pedido dos Padres Redentoristas, fundariam um Colégio para a educação de meninas.
Na tarde do dia 17 de outubro de 1921, os campineiros estão reunidos na Praça da Matriz à espera das quatro Irmãs Franciscanas, verdadeiras missionárias que, deixando sua pátria e seu convento em Au am Inn, cidade alemã, deram um “sim” disponível ao chamado exigente do Senhor. As Irmãs, entretanto, devido a dificuldades de transporte, só chegaram a Campininha na manhã do dia 18 de outubro, sendo acolhidas pelo povo e pelos Redentoristas que as esperavam.
Eram quatro Irmãs, quatro “Marias” que, a exemplo da Mãe de Jesus, aceitaram um projeto que exigiria muitos sacrifícios: Ir. Maria Bonifácia Vordermayer, Ir. Maria Benedita Tafelmeier, Ir. Maria Ludmilla Schoropp e Ir. Maria Willibalda Mayer.
As Irmãs Franciscanas de Au, ao chegaram a Goiás, encontram uma realidade complexa. Além da ignorância, havia a dificuldade com a língua, com a qual há pouco tomaram contato, e com os costumes do povo. Nada as desanimou!
Acolhidas, inicialmente, em casa do Sr. João Dias e Dª Júlia Duarte Dias, que se transferiram com a família para uma casa vizinha, as Filhas de São Francisco só passaram a residir em seu próprio convento a 14 de novembro de 1921. Nesse dia, transferiram-se com seus poucos e modestos móveis para a casa que daria origem ao tradicional Colégio Santa Clara.
As Irmãs Fundadoras, tão logo se viram instaladas em seu convento, lançaram-se a árduo trabalho a fim de que o Colégio, colocado sob o padroado de Santa Clara, a Primeira Franciscana, pudesse iniciar suas atividades no ano de 1922.
Vencidas as primeiras provações e dificuldades, as Irmãs puderam iniciar seu trabalho de Instrução, Educação e Evangelização da mocidade goiana no dia 9 de janeiro de 1922. O nascente Colégio contava com 14 alunas.
As Abnegadas Fundadoras do Santa Clara, com hercúleo esforço, foram transformando o prédio inicial e, com a ajuda do povo e dos Filhos de Santo Afonso, puderam receber alunas internas e externas, tanto de Campinas quanto de outras localidades de Goiás.
O tempo vai passando e a fama do Colégio se espalha rapidamente com a criação do Curso Normal, em 1926, para a formação de professoras. As alunas do Colégio, depois de formadas professoras, voltavam para suas cidades de origem e aplicavam o que haviam aprendido com as Irmãs. Esse fato tornou o Santa Clara um centro irradiador de cultura, educação e fé para todas as regiões de Goiás e do Brasil.
Na década de 1970, o Colégio, que até então só recebia alunos do sexo feminino, passa a matricular também meninos, consciente de que era preciso expandir sua ação educativa. Essa novidade amplia a ação educativa do Colégio que esteve sempre atento às exigências e particularidades de cada momento histórico.
O Colégio Santa Clara acompanhou a gestação de Goiânia, sonho do visionário Dr. Pedro Ludovico, e colaborou com todos quantos se envolveram na construção da cidade. As alunas do Santa Clara solenizaram com seu canto – o coral do Colégio era muito famoso – as missas de fundação e inauguração de Goiânia. No espaço seguro do Colégio, foram guardados os documentos que, vindos de Vila Boa, a antiga Capital, precisavam de especial proteção até que fosse terminada a construção dos prédios oficiais. Muitos trabalhadores na construção de Goiânia encontravam no gabinete dentário e na enfermaria do Colégio, alívio para suas dores e, nas atividades culturais organizadas pelas Irmãs, um entretenimento para os cansativos dias de trabalho.
Ano de 2015. Passou muito tempo desde a chegada das primeiras quatro Irmãs Franciscanas. As ruas empoeiradas de Campininha das Flores transformaram-se em vias movimentadas. Goiás é um importante estado do Brasil e Goiânia figura entre as grandes cidades brasileiras.
O Santa Clara, nonagenário, continua sua missão. Por seus vetustos umbrais já passaram muitas crianças, adolescentes e jovens. As reconhecidas normalistas formadas na didática exigente do Colégio são respeitáveis senhoras que, ainda hoje, fazem diferença na realidade em que estão inseridas. As primeiras Irmãs e muitas outras religiosas franciscanas que gastaram sua vida pela Educação no Santa Clara já estão no céu, ensinando leitura, califasia, arte dramática e tantas outras disciplinas aos anjinhos como outrora fizeram na terra.
O tempo passou, de fato. A missão continua. Hoje, como ontem, o Colégio Santa Clara continua oferecendo uma educação séria e comprometida com os imorredouros valores cristãos. Em suas salas antigas, o novo encontra espaço na ação de um corpo docente consciente do valor do conhecimento intelectual e moral, garantia do destaque dos alunos do Ensino Médio nos grandes vestibulares de Goiás.
No pátio rodeado da célebre colunata art déco, a infância, a adolescência e a juventude goianienses encontrarão sempre um espaço para seu desenvolvimento integral, preparando-se intelectual, espiritual e moralmente para os grandes desafios que a vida sempre exige de todos nós.
O Salão Nobre, palco das grandes festas e exposições de trabalhos manuais dos tempos idos, ainda hoje é um espaço de cultura: a dança, a música e o teatro dão vida sempre nova às atividades ali desenvolvidas.
Na artística Capela do Colégio, espaço central da vida educativa, está o Senhor que, em sua Presença Sacramental, confirma o nobre ideal de Instruir, Educar e Evangelizar assumido pelas Irmãs Franciscanas e por todos aqueles que, no Colégio Santa Clara, dedicam-se à causa da educação para a Paz e o Bem!